Morte da Norma *o*

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Leia como será a cena:
Norma entra. Léo a segue, imediatamente. Tensão.
Léo - Foi uma armadilha...
Norma - E você caiu.
Léo - Eu?... Você não viu que era tudo mentira?, eu só tava
zombando daquele palhaço do meu irmão, debochando do...
Norma - (corta) Você disse a verdade. É isso o que você pensa,
sempre pensou. Você não mudou, sempre foi isso. Bicho que
mostra os dentes. Mas você não é uma fera, um caçador. É uma
hiena, bicho carniceiro, só ataca quem tá fraco, quase morto, cerca
a vítima mais frágil, mais carente, e aí avança, enreda, mata
devagar...
Léo - (desesperando-se) Eu não sou assim, você me conhece,
você e eu somos iguais, uma dupla imbatível, nós dois juntos
podemos tudo, meu amor!
Norma - O que você ia fazer comigo, Léo? Me abandonar outra
vez, depois de botar a mão no meu dinheiro?... Não, não ia
conseguir, eu não sou mais uma vítima tão fraca assim, você me
enganou, me fez baixar a guarda, mas não chegou ao que você
quer, o meu dinheiro. (reflete) Só se... você se casasse comigo e
eu morresse sem testamento... Era isso, não era? Por isso, você
tava tão ansioso pra casar e sair do país! Ia me matar no
estrangeiro, era isso?
Léo percebe, em pânico, que Norma adivinhou, apela:
Léo - ("frágil") Não é verdade, Norma, eu te amo, não vou mentir
que não ligo pra dinheiro, te amo pelo seu dinheiro também, por
que cê conseguiu seduzindo o Teodoro, foi esperta, ousada, te
amo por que nós somos iguais...
Norma - Mais mentira, você não ama ninguém, não sente nada
por mim, você não tem emoção, Léo, só interesse, eu ouvi como
você falou de mim sem saber que eu estava ouvindo...
Léo - Cê não vê, meu amor, eles só querem nos separar, destruir
o nosso amor, prepararam uma armadilha, você caiu...
Norma mostra a pulseira no braço.
Norma - Eu vi a verdade, depois que a Marina provou que a
pulseira que você me deu 'com tanto amor', que era da sua mãe,
da sua avó, do diabo que o carregue, nunca foi sua! Você roubou
da Marina, entrou no apartamento deles, sabotou o gás pra matar
o seu irmão e/
Léo - (corta) Mentira! É tudo mentira, inventaram isso! (começa a
chorar, se ajoelha) De tudo o que o meu irmão disse, a única
verdade é que eu tenho inveja dele, sim! Eu falei de você daquele
jeito pra tirar onda, preu me sentir por cima, mas era mentira! Eu
tô de quatro por você, cê foi a única mulher capaz de me fazer
amar...
Norma - (enojada) Levanta daí, coisa nojenta! Não suporto mais
olhar pra tua cara, você tá acabado, eu vou te entregar pra polícia!
Você acreditou mesmo que eu te dei os originais e todas as cópias
das provas contra você? Idiota! Eram só cópias, que eu fiz pra você
se sentir seguro, por que, no fundo, eu sempre soube o que você
era. Com um telefonema que eu vou dar, além da sabotagem do
avião, da investigação da tal Carmem, você vai responder pelo
assassinato da sua prima!
Léo se agarra às pernas dela, implora:
Léo - Não faz isso, eu te amo demais...
Norma - (ignora) E tem as maracutaias, a justiça condenou o
Cortez e ele fugiu, vão adorar despejar a culpa em você, pro
escândalo não ficar sem punição! Eu vou mandar o Wagner
entregar todas as provas pra polícia, agora!
Norma se desvencilha de Léo, ajoelhado. Ela corre para a
escrivaninha, abre uma gaveta destrancada. Léo corre atrás, mas
chega tarde: Norma já tirou uma arma (a mesma da cena 11 deste
capítulo). Aponta-a para Léo:
Norma - Não se mexe, não chega perto!
Léo - (seguro) Você não tem coragem.
Norma - Eu não quero te machucar, quero te ver preso! Cê vai ficar
na minha mira até o Wagner e a polícia chegarem!
Com a outra mão, Norma pega o celular, começa a teclar. Ritmo.
Tensão. Ela se distrai um instante, Léo tenta tomar sua arma.
Lutam, a arma cai. A arma desliza até a porta que dá para a sala,
sai da visão imediata dos dois. Léo olha em torno, não acha a
arma. Norma ainda segura o celular, fala:
Norma - (cel) Wagner! Vem pra cá! Agora! Eu/
Léo dá um tapão na mão dela, o celular voa longe, ele a encara,
agora frio:
Léo - Você vai se arrepender, sua vadia.
Rápido, com agilidade, Léo pula pela janela aberta.
Norma - (para si, arfante) Desgraçado!...
Um tempo na emoção de Norma. Está abaladíssima. Ela se abaixa,
pega o celular no chão. Ela ouve ruído, volta-se e reage, em
choque. Levanta-se. Close do cano da arma apontada para ela,
sem mostrar a mão de quem a segura.
Norma - Não faz uma besteira dessas...

BY: @LuuisJuunior